A Tão Pequena Tireóide!

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A Tão Pequena Tireóide

O que é Tireóide? Saiba mais sobre esta glândula que é importantíssima para o bom funcionamento do corpo!

Para os praticantes de atividades físicas, as alterações hormonais talvez sejam os maiores inimigos de uma prática regular. As alterações hormonais afetam não só o rendimento, mas também as disposições, o humor, a dedicação, em outras palavras, atrapalha todo o processo do programa elaborado. Por isso, é preciso conhecer os sintomas e desse modo elaborar o treinamento de modo a auxiliarem ao máximo a adaptação.

A Glândula TIREÓIDE é fundamental para o bom desempenho de vários sistemas e órgãos, entre eles os ovários, cérebro, fígado e rins e sua importância para a saúde é inversamente proporcional ao seu tamanho.

Esta possui dois lobos, direito e esquerdo, unidos por um istmo, o que a faz parecer uma borboleta. Levíssima, pesa em média 20 gramas e no interior de seus lobos que são fabricados os hormônios tireoidianos, a Tiroxina (T4) e a Triiodotironina (T3). Problemas de Tireóide afetam mais as mulheres, especialmente acima dos 40 anos, do que os homens, especialmente acima de 60 anos.

O Mito do Aumento de Peso

Há um conceito popular de que o mau funcionamento da Tireóide, que a deixaria “preguiçosa”, levando ao ganho de peso. Basta o indivíduo aumentar dois ou três quilos e a “culpa” recai sobre a Tireóide! Entretanto, há um mito por trás disso. De acordo com João Hamilton Romaldini, professor de endocrinologia da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas) e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), logo que é diagnosticado o hipotireoidismo é indicada a reposição de hormônio. “Esta é feita com uma pílula de hormônio, que deve ser tomada diariamente, por toda vida”, diz. E, desde que bem feita a restituição, nada comprova que a glândula atrapalhe o processo de emagrecimento.

Assim sendo, antes de culpar a Tireóide por seu EXCESSO de peso, o ideal é uma investigação profunda de todos seus hábitos alimentares, nível de stress e qualidade de sono. Os dois últimos aspectos já foram citados em outros artigos aqui como sendo da “classe” dos GRANDES VILÕES DA BOA FORMA!

O indivíduo com hipotireoidismo retém muito líquido e, por isso, tem a impressão de que está engordando. Na verdade, o aumento de peso é muito pequeno. Estudos confirmam que centenas de indivíduos com hipotireoidismo, após conseguirem aumentar a liberação dos hormônios e alcançarem os níveis ideais, emagrecem apenas de 2 a 3 kg, quando na verdade, tudo que reduziram foi a água retida!

Hipertireoidismo e Hipotireoidismo – Disfunções e Sintomas

O HIPERTIREOIDISMO é a hiperfunção da glândula da Tireóide, ou seja, um excesso em sua liberação hormonal apresenta os seguintes sintomas são:

– Aceleração dos batimentos cardíacos acima de 100 por minuto (chamada taquicardia);
– Nervosismo, ansiedade e irritação;
– Mãos trêmulas e sudoréticas;
– Intolerância a temperaturas quentes e probabilidade de aumento da sudorese;
– Queda de cabelo e/ou fraqueza do couro cabeludo;
– Fraqueza nos músculos, especialmente nos braços e coxas;
– Intestino solto;
– Perda de peso importante;
– Alterações no período menstrual;
– Protusão dos olhos, com ou sem visão dupla (em pacientes com a Doença de Graves);
– Acelerada perda de cálcio dos ossos com aumento do risco de osteoporose e fraturas.

O HIPOTIREOIDISMO é a deficiência na produção dos hormônios pela Tireóide e seus sintomas são:

– Depressão;
– Desaceleração dos batimentos cardíacos;
– Intestino preso;
– Menstruação irregular;
– Diminuição da memória;
– Cansaço excessivo;
– Dores musculares;
– Sonolência excessiva;
– Ganho de peso;
– Aumento do colesterol no sangue.

Tireóide X Exercícios

Ainda são poucos os estudos sobre exercícios físicos e alterações na glândula da Tireóide, porém as maiorias dos autores concordam que o exercício físico promove alterações nos níveis de T3 e T4, muito provavelmente devido à necessidade de energia nas células. Mas acreditam que novos estudos podem ser realizados para aprimorar os resultados e definir melhor a relação de exercícios e os hormônios T3 e T4.

As atividades físicas são sempre uma forma de manutenção da saúde do corpo. Enquanto carecemos de mais estudos sobre os efeitos dos exercícios na promoção de adaptações da Tireóide, estes ao menos podem promover adaptações que combatam os sintomas do Hipotireoidismo e do Hipertireoidismo. Um programa de treinamento em musculação + aeróbios bem elaborado pode promover adaptações que facilitem o tratamento. Como por exemplo:

– Mantém o gasto calórico mais alto evitando ganhos excessivos de peso;
– Auxilia a manutenção e melhora no condicionamento físico;
– Atividades físicas promovem bem estar físico e mental, a liberação de endorfina durante o exercício melhora quadros de depressão, já que a endorfina está diretamente ligada à sensação de prazer e relaxamento;
– Ajuda a controlar os níveis de colesterol no sangue normalizado;
– Manutenção ou ganho na massa magra e na força;
– Ajuda a manter os níveis de massa óssea combatendo a osteopenia e a osteoporose futura.

RESUMO: Apesar da necessidade de manter uma atenção especial sobre a Tireóide, na verdade, manter-se fisicamente ativo e mantendo uma alimentação saudável é o que importa. AFINAL, SAÚDE É O QUE INTERESSA!

Bons treinos e até o próximo artigo!

ATENÇÃO: Este artigo serve apenas para fins informativos e não se destina a fornecer assistência médica. Este artigo possui autorização expressa do autor.

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Sobre o autor

Eder Lima

Preparador Físico Particular e Consultor Técnico de Atletas de Alto Rendimento em Diversas Modalidades Esportivas; Consultor para montagem, organização e normatização técnico administrativa para academias; Consultor em Coaching Corporativo; Ex-docente em cursos de graduação, extensão e pós-graduação nas cadeiras de: Biomecânica, Cinesiologia, Musculação e Neurofisiologia. Pós-graduado em PREPARAÇÃO FÍSICA e MUSCULAÇÃO, UGF. 1994 portador do CREF. G/MG 01232.

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