Treinar no frio pode ajudar a emagrecer!

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Treinar no frio pode ajudar a emagrecer

Treinar no frio? Sim! Dias frios podem ser grandes aliados para aqueles que querem emagrecer!

O que mais tenho lido nesses dias frios feitos ultimamente é… QUE PREGUIÇA DE TREINAR! Ok, essa preguiça tem até uma explicação fisiológica, mas você sabia que está perdendo uma ótima oportunidade de EMAGRECER? Agora, vejo um monte de caras de espanto… OHHHH… como assim Prof Eder, se no inverno eu sempre ENGORDO?

Ah, mas quantas vezes já expliquei que engordamos por ingerir mais calorias que gastamos? FRIO NÃO ENGORDA… caso contrário ESSE deveria estar sendo comido e conter calorias! Sigam lendo e vejam que “grande barato” pode ser o frio para quem precisa reduzir umas gordurinhas extras!

Frio x Gasto Calórico Natural

Nosso organismo para poder manter um funcionamento adequado de seus sistemas e processos metabólicos precisa de uma temperatura corporal relativamente estável (entre 36 – 37°). Para que isso ocorra fomos dotados de um MECANISMO DE TERMORREGULAÇÃO, ou seja, fomos preparados pela mãe natureza a conservar nossa temperatura corporal. E por mais incrível que possa parecer GASTAMOS MAIS ENERGIA PARA NOS MANTER AQUECIDOS NO FRIO do que gastamos para nos manter refrescados no calor! O mecanismo de Termorregulação é capaz de aumentar em até 3 vezes a Taxa Metabólica de Repouso (TMR) onde toda essa energia produzida pela queima de calorias é convertida em calor. Quando somos expostos ao frio, o equilíbrio térmico do organismo é solicitado devido à elevação das taxas de perda de calor através dos processos de radiação, condução e convecção. Neste momento o mecanismo de Termorregulação entra em ação estimulando o organismo a uma maior liberação de hormônios da Tireóide e Norepinefrina acelerando nossa atividade TERMOGÊNICA elevando o consumo de oxigênio nas mitocôndrias onde a gordura é metabolizada gerando calor como resultado final.

Vejam que maravilha! Queimar mais gordura sem estar fazendo nada! Mas o problema nessa hora é que esse aumento do consumo calórico também estimula os centros do apetite para que comamos mais buscando por mais calorias não apenas para repor essa energia gasta, mas se possível guardar uma reserva de energia e tal reserva é em forma de mais gordura corporal. Mais uma vez o ponto é a bendita disciplina em termos alimentares para NÃO ingerir calorias em excesso.

O frio como fator ergogênico

Ergogênico por definição seria qualquer coisa que nos ajudasse a desempenhar um trabalho, seja ela qual for. No caso do frio, vimos acima que esse pode ser usado como um tremendo ergogênico numa maior queima de gorduras. Outro lado bom do frio é a alta produção de MELATONINA facilitando o sono anabólico de cada dia!

Mas e o frio em relação ao desempenho físico? Sabemos que a exposição ao frio e consequente resfriamento de um grupo de músculos provoca a redução da força e da potência (Haymes, 1986). Por outro lado climas frios ou rápida exposição ao frio antes de iniciar o exercício pode trazer efeitos ergogênicos aumentando nossa liberação de hormônios da tireóide e norepinefrina. Como sair dessa “sinuca de bico”? Simples, que tal vestir um agasalho moletom (nada de camadas e camadas de roupa parecendo uma cebola e ainda dificultar a execução dos exercícios) e ir andando para a academia? Essa simples caminhada fará o efeito de um bom aquecimento preparando seu corpo para o treino!

Resumo: Muitos argumentarão…. Ahh Prof, mas como é bom o inverno… fondues, vinhos e etc! Bem, a escolha é sua! Bons treinos e até a próxima!

ATENÇÃO: Este artigo serve apenas para fins informativos e não se destina a fornecer assistência médica. Este artigo possui autorização expressa do autor.

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Sobre o autor

Eder Lima

Preparador Físico Particular e Consultor Técnico de Atletas de Alto Rendimento em Diversas Modalidades Esportivas; Consultor para montagem, organização e normatização técnico administrativa para academias; Consultor em Coaching Corporativo; Ex-docente em cursos de graduação, extensão e pós-graduação nas cadeiras de: Biomecânica, Cinesiologia, Musculação e Neurofisiologia. Pós-graduado em PREPARAÇÃO FÍSICA e MUSCULAÇÃO, UGF. 1994 portador do CREF. G/MG 01232.

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