Níveis de Energia X Rendimento no Treino

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Níveis de Energia X Rendimento no Treino

“não é porque está no programa de treinamento que o aluno deva fazer tudo como lá está”

Nosso corpo é uma máquina e como toda e qualquer máquina necessita ser bem usada, por que o desuso e o mau uso podem trazer consequências danosas. Felizmente, cada vez mais as pessoas tomam consciência do quão importante é a prática de uma atividade física regular em suas vidas.

A prática da atividade física de modo em geral, apresenta características profiláticas (na prevenção de problemas musculoarticulares ou de saúde), terapêuticas (no recondicionamento de acidentados, traumatismos esportivos, problemas de coluna, articulares e etc.), de estabilização (auxiliando no controle de algum problema de saúde como o diabetes e etc.), psicológica (auxiliando na redução dos níveis de stress, angústia, depressão, e etc.), estética (na modelagem das formas corporais através da redução da gordura corporal e/ou pelo aumento da massa muscular) ou de treinamento (como fator integrante na preparação física para algum esporte).

Entretanto, para que se obtenha tais benefícios, é fundamental que a pessoa seja bem orientada e tal fato tem feito com que verdadeiras multidões procurassem as academias de ginástica à busca de tal orientação… Mas cuidado! Infelizmente, poucas são as academias que realmente prezam pela segurança e integridade física de seus alunos. Como visto anteriormente, a prática da atividade física busca em sua essência o bem-estar do indivíduo e não o desencadeamento, entre outros, de lesões musculoarticulares e alterações de coluna, o que frequentemente observamos quando esta é mal dirigida. Portanto, é imprescindível e sensato que uma pessoa antes de se matricular numa academia, busque informações se a mesma possui no mínimo professores de Educação Física (graduados e especializados em suas áreas de atuação) e Fisioterapeutas atuando na avaliação funcional a fim de que estes forneçam os dados necessários aos professores para a elaboração de um programa de treinamento individual que realmente atenda às necessidades e respeite os limites de cada indivíduo.

A flutuação dos níveis energéticos orgânicos que todos sofremos de um dia para o outro é uma das limitações mais desrespeitadas e facilmente observadas com uma enorme regularidade não só dentro das academias. Como alguns dos principais fatores da redução dos níveis energéticos para o trabalho físico podemos citar; uma noite mal dormida, uma alimentação insuficiente em energia no pré-treino, um estado humoral alterado por níveis de stress mais alto e etc. Cabe lembrar aos professores a importância em estar atentos a estas alterações energéticas do aluno no momento que este chega para seu treino e adequá-lo a condição momentânea. Isto significa que não é porque está no programa de treinamento que o aluno deva fazer tudo como lá está!

Níveis energéticos mais baixos significam que não conseguiremos treinar com o mesmo volume e intensidade que estamos acostumados quando estamos bem e não que estejamos mais fracos. A Força Muscular Absoluta não sofrerá uma queda significativa, apesar de geralmente ouvirmos a queixa:…”NOSSA, COMO ESTOU FRACO HOJE”! Mas essa é uma sensação equivocada visto que essa pessoa consegue lidar com a carga que está acostumada. Na verdade, o que reduziu foi a capacidade do cliente em fazer a mesma quantidade de repetições e/ou séries totais por grupo muscular que está acostumado a fazer.

A conclusão óbvia é que temos, de fato, uma queda da Resistência de Força. Por outro lado, caso coincida uma baixa energética com um dia de treino intenso do cliente, a solução prática para tal situação é bem simples, basta reduzir o volume de treinamento, preferencialmente no total de séries por grupo muscular que este normalmente executa. Desta forma, reduz-se a duração total do treino, evitando uma liberação exagerada do Cortisol (hormônio do stress).

Mesmo fazendo um número menor de séries por grupo muscular, mas levando cada série até o ponto de fadiga muscular momentânea, você conseguirá atingir a meta que precisava para aquele dia, mas sem se desgastar em excesso e facilitando também a recuperação pós-treino, desde que não se esqueça de repor todos os nutrientes necessários para uma boa recuperação muscular.

Bom treino a todos e até o próximo artigo!

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ATENÇÃO: Este artigo serve apenas para fins informativos e não se destina a fornecer assistência médica. Este artigo possui autorização expressa do autor.

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Sobre o autor

Eder Lima

Preparador Físico Particular e Consultor Técnico de Atletas de Alto Rendimento em Diversas Modalidades Esportivas; Consultor para montagem, organização e normatização técnico administrativa para academias; Consultor em Coaching Corporativo; Ex-docente em cursos de graduação, extensão e pós-graduação nas cadeiras de: Biomecânica, Cinesiologia, Musculação e Neurofisiologia. Pós-graduado em PREPARAÇÃO FÍSICA e MUSCULAÇÃO, UGF. 1994 portador do CREF. G/MG 01232.

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